Drácula (Bram Stoker-1897)
Horror gótico protagonizado pelo enigmático e muito retratado Conde Drácula e plano para vir para Inglaterra. Os personagens secundários são : Jonathan Hanker, advogado, Lucy , bela moça de branco, Many, Van Helsing, médico e " curioso do mundo", DR. Seward, responsável por um manicômio.
Os fatos são tomados por meio de diários. Isto aumenta o suspense, pois primeiro a pessoa vivência os fatos, depois ela escreve mostrando os temores pessoais, fragilidades e inseguranças, o que oferece espaço individual numa narrativa coletiva. Uma estratégia brilhante para manter o suspense e descrença dos fatos, uma vez que a leitura pode levar a questionamentos sobre a veracidade dos fatos, lucides da pessoa .
A narrativa em diário pode ser interpretada como monótona, cansativa e algumas vezes repetitiva, mas aumenta o suspense.
A primeira parte da obra inicia com Jonathan indo para o castelo do nobre Conde Drácula, a fim de resolver tramites legais para mudar para Inglaterra. Durante o percurso muitos elementos mostram a superstição e desconfiança com o conde, mas infelizmente o advogado encara com ceticismo os gestos de medo, boa sorte , dirigindo-o pelos aldeões ou diligentes.
Esse primeiro contato do cético com o superticioso, mostra a originalidade do autor, que combinou a preucupação humana, com esperiótipo de superticioso, do esteriótipo de camponeses. Essa formula repete-se muitas vezes, ao ponto de o leitor ficar apreensivo e preucupado com os protagonistas.
Para quem teve contato com vampiro por franquias de video-game ou cultura popular, ficará feliz ao vê as primeiras aparições dos elementos dos vampiros, como transformismos, fraquezas e até a personalidade cruel, diabólica e engenhosa.
O VAMPIRO
Em meu coração penetraste,
Tu que, qual furiosa manada
De demônios, ardente, ousaste,
De meu espírito humilhado,
Fazer teu leito e possessão
- Infame à qual estou atado
Como o galé ao seu grilhão,
Como ao baralho o jogador,
Como à carniça ao parasita,
Como à garrafa ao bebedor
- Maldita sejas tu, maldita!
Supliquei ao gládio veloz
Que a liberdade me alcançasse,
E ao veneno, pérfido algoz,
Que a covardia me amparasse.
Ai de mim! Com mofa e desdém,
Ambos me disseram então:
"Digno não és de que ninguém
Jamais te arranque a escravidão,
Imbecil! - se de teu retiro
Te libertássemos um dia,
Teu beijo ressuscitaria
O cadáver de teu vampiro!"
👏🏼 gostei bastante da narrativa, e principalmente como a personagem Mina Harker ganha tanto destaque dentro da trama.
ResponderExcluirE a forma como o conde é apresentado e como ele pode ser assustador não somente pelos seus poderes físicos mas da forma como consegue manipular e gerar terror psicológico em suas vítimas.