"A emoção mais antiga e mais forte da humanidade é o medo e o mais antigos dos medos é do desconhecido" (H.P. Lovecraft )
O medo é a primeira emoção que temos contato, quando nascemos somos tirado de uma casa sem teto, sem parede e com muito conforto. Sair deste cenário é traumático, envolve estímulos fortes que provocam dor, choro e cada novo estimulo gera desconforto até nos acostumamos.
O clássico de terror traz 3 exemplos de desconhecidos.
O monstro do Dr. Frankenstein trás o medo das consequências das nossas ações e como elas podem nos perseguir. Trata como a culpa de algo pode afetar alguém e distorcer a visão dela para com o mundo.
A criatura mostra como é a visão de alguém que é obrigado a viver, porém é amaldiçoada pela origem e não é acolhida. Uma vida desconhecida por muitos e que atormenta aqueles que tiveram essa experiência.
O medo do retratado no Drácula é o medo do estrangeiro. O nome do antagonista da obra é baseado nas lendas que Vlad Dracula era uma criatura mágica das trevas e que tinha apetite por sangue, bem mais fácil que acreditar que ele só era um nobre sanguinolento e inteligente.
O medo do estrangeiro revela nossas fraquezas, ambições, invejas e inseguranças. Uma pessoa estrangeira é igual a nós, como um espelho, porém teve uma vida diferente e com isso tem novas habilidades. Analisar esse aspecto frágil de nossas reais competências, acabamos questionando os nossos valores, ideias, costumes e capacidades. Não entendemos o outro, sentimos medo, nos protegemos com raiva, que projeta ataques físicos e difamação contra o outro. Quanto mais queremos algo e mais distante uma pessoa obteve isso longe da nossa bolha, mais complexo e por sua vez monstruoso é a pessoa.
A coisa mais importante na vida é a liberdade. A pirâmide Maslow retrata muito bem isto.
Na obra " O médico e o monstro", isto é retratado muito bem. O Dr. Jekyll tem liberdade do dinheiro, enquanto o seu muito estimado amigo Mr. Hyde tem a liberdade de andar na rua e não se preocupar de sujar a sola do sapato. Nesta obra é debatido a consequência da liberdade e como os espaços de cada um esta próximo.
Na obra ocorre bebedeira, briga, assassinado. Cada um desses atos é associado á liberdade instintiva. Na beberia é a liberdade do desinibido, de sentir todas as emoções sem nenhuma barreira fisiológica, pessoal, social. Na briga é ceder a liberdade da violência, do territorialíssimo e se impor numa situação. No assassinato é cometer crime contra a liberdade do outro, contra a possibilidade dele aproveitar a própria liberdade, dizer que minha liberdade é mais importante que a liberdade alheia e por isso você é inferior.
Na obra a liberdade vem de uma poção. Uma boa metáfora para alcoólicos que desinibem o cortex frontal, responsável pelo bom senso, inibição e ponderação. Uma poção é algo prático de ingerir e fácil de esconder, o ator de beber esta dentro das nossas vidas, desde café matinal que desperta para a labuta, para água que mata a sede e os destilados ou fermentados que são comuns na música, no vinho cristão, na vodka russa .
Na distância de uma gole VOCÊ é livre! A obra retrata as consequências da liberdade desmedida e fácil.
O cósmico H.P. Love Crafter regimentou sobre o medo do desconhecido, porém os 3 clássicos mostraram o desconhecido cotidiano:
Nossas criações, filhos e ideias que são nosso legado na terra.
O estrangeiro que mostra o quanto somos frágeis ou arrogantes em inferiorizar o outro.
A liberdade que pode ludibriar e corromper.
"Tenho um pouco de medo: medo de me entregar, pois o próximo instante é desconhecido"
Clarisse Lispector
Os Paralamas do Sucesso | Medo do Medo (Lyric Vídeo)
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